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Ano 3 - Edição 833 - Fortaleza - Junho de 2013


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

HOMENAGEM AO HOMEM DE RÁDIO E TV, NA PASSAGEM DE MAIS UM ANIVERSÁRIO


NONATO ALBUQUERQUE

O rádio AM funciona como
uma ferramenta de
ajuda para o ouvinte”.
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Nonato Albuquerque , dia 2/01, muda de idade. E ai vão se somando anos e anos de experiência no rádio-jornalismo cearense, com a seriedade, senso de justiça ,  e um jornalismo dinâmico, em defesa das populações carentes, característica marcante desse homem de radio e televisão. 

Tive o prazer de trabalhar com Nonato Albuquerque em seu programa diário, na AM do Povo, por mais de dois anos ( 2002/2004 ) e, ali apreendi a admirá-lo, a respeitá-lo pela  dignidade e  caráter de profissional ímpar. 

Essa entrevista, que hora reprisamos foi pautada para um aluno nosso de "Jornalismo Avançado", também aluno da Faculdade Integrada do Ceará ( FIC), Igor Moreira Pinto. Agora ,vamos homenagear Nonato , na passagem de mais um aniversario, mostramos aos leitores do JM Jornal do Municipio, o que ele  pensa sobre o veículo que o fez famoso: o Rádio AM.
                                                                                                                        Prof. Órion

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A ENTREVISTA


Igor -  O rádio é o veículo de massa que mais propaga as informações? Baseado nisso, como Nonato Albuquerque, o radialista, vê o rádio? Ele pode ser um meio de transformação social?


Nonato- É o rádio já é isso,.Quando ele forma opiniões abre um leque de interpretações e ele deixa para cada ouvinte o critério de refletir sobre a realidade. Com sua agilidade permite que a informação chegue mais rápido ao ouvinte, com uma velocidade impressionante, perdendo apenas para o twiter, o que possibilita que  a notícia se espalhe pelo mundo todo. É isso.


Igor- Nonato você que é um profissional que há muitos anos trabalha em rádio AM, como vê as principais diferenças de se trabalhar em AM ou FM? Para mim que estou começando e sou leigo diga-me, por favor: o que é rádio AM e o que é radio FM?



Nonato- Eu também não saberia lhe definir, acho que AM: amplitude modular e FM: freqüência modular. O rádio AM é muito mais noticioso, o rádio FM está engatinhando. Ele é muito mais musical - é uma rádio vitrola, um vitrolão. O rádio AM funciona como uma ferramenta de ajuda para o ouvinte.

Igor- Com relação ao rádio, como você vê os velhos profissionais e os profissionais que estão surgindo? Há um choque de gerações ou estão todos remando num mesmo barco, mesmo rumo?

Nonato- Olha eles são todos bem vindos, os novos radialistas, pois são eles que vão contemporanizar o rádio...logo são todos bem vindos. Eles vão dar continuidade ao rádio.

Igor- Qual a qualidade do rádio cearense? Ele pode ser comparado ao restante do País? E, no Brasil, qual a qualidade do rádio, - ele pode ser nivelado para cima ou para baixo?

Nonato- Têm emissoras que podem ser niveladas para cima, outras não, como em tudo na vida.
A rádio AM aqui no Ceará sem, falsa modéstia, é melhor do que muitas rádios do sul do país, pois já incorporam o fator informação. O rádio do deleite esse já é coisa do passado.


“Homens e Mulheres”


Igor- Como você vê a presença da mulher nos meios de comunicação,?Você acha que já existe uma igualdade de condições entre homem e mulher ou esse processo ainda está engatinhando?

Nonato- No rádio, na televisão e no jornal, na mídia em geral, a presença da mulher é marcante,.Nas redações têm mais mulheres do que homens; nas rádios só o que tem é mulher no comando, mais do que homens. A presença da mulher é geral. Eu mesmo trabalho com mulheres ao meu lado. Falando da produção do meu programa, a coordenação também é feita por mulheres. Elas são tão, ou melhor, qualificadas do que nós homens.

Igor- Aqueles que buscam no Jornalismo a sua fonte de renda, o seu sustento, a sua realização financeira, - encontram isso no Jornalismo ou têm que fazer bicos e muitas outras atividades?
... Nesse momento Nonato sorriu, com os “ lábios e com os olhos!” )

Nonato- Para isso seria bom você fazer uma enquete e perguntar “quem está satisfeito?”
- Eu estou satisfeito! Agora a pouco, tive aqui uma discussão a cerca da gravação de um comercial de um minuto. Como o cara não pertence- (não foi feito através de uma agência) - me perguntou sem ter noção nenhuma de marketing ou de mercado, se eu faria esse anuncio por “quinhentos reais” - alegando :

- “É apenas por um minuto”...! Esquecendo-se que é a figura da pessoa que está em jogo. Ele não queria pagar nada! Na verdade só para ficar calado já teria um preço, pois é a imagem da pessoa, que esta em jogo!
Falta informação do cliente e do empresário, sobre como funciona o mecanismo. É por isso que a universidade é importante para informar. E sem a informação não existe salvação nem para ganhar o céu

Igor- Qual é o principal público do rádio, seria...

Nonato- Homens e Mulheres.

Igor- Como?

Nonato - não entendi...homens e mulheres...

Igor- Quero dizer qual a faixa etária, qual o tipo de público que busca no rádio seu entretenimento, seu lazer?


Nonato- O público de A a Z, de uma forma geral, para a AM é público que quer se manter informado, e para FM , um público que quer ouvir música, que gosta de forró . Mas hoje em dia não se houve música nas rádios ...se busca mais as informações.

As pessoas saem de manhã para trabalhar e voltam à noite, querendo saber das notícias do dia, sobre o trânsito, a cerca do que acontece no mundo. Cada vez mais as pessoas pedem menos para ouvir música “x” com a banda “y”.

“Rádio: um vício, uma cachaça”.

Igor- Gostaria de saber como é que você vê a seguinte questão: a cada dia - e, ainda estou muito no começo, no segundo semestre, - percebo que o jornalismo é apaixonante. Estou me identificado , querendo fazer melhor, embora ainda seja um acadêmico, com uma visão sonhadora de quem está começando no jornalismo. O que o apaixona mais o jornalismo de rádio?

Nonato- É apaixona, sempre ouvi dizer que- principalmente quem faz rádio - fica como um vício, uma cachaça. Nas redações quem se envolve, nas reportagens, na investigação de uma pauta ou em qualquer afazer, por mais simples que seja se envolve e se apaixona. Só faz jornalismo quem é apaixonado... Quem não for apaixonado não pense que vai ganhar dinheiro, pois não vai não!

Igor- Como é vê o rádio nas áreas sociais? A gente sabe que a televisão tem muita força, os meios impressos também têm a sua força. O rádio também tem seu espaço? De que maneira o rádio pode atuar de uma forma mais eficaz para contribuir socialmente nos mais variados setores?

Nonato- É voltado especialmente para a informação, o rádio sedimentado na cultura, na política, na economia, como já existe nos Estados Unidos da America (E.U.A). Têm emissoras com somente um dado segmento de notícias e, um dado segmento musical. Aqui no Brasil também já existe isso.

Igor- OK! Eu tive a felicidade de visitar hoje seu programa e pude perceber, - posso até está errado, pelo pouco tempo que passei lá - que vocês são uma equipe.

Nonato- É... É uma equipe!

"Eles é que estão ultrapassados"

Igor- Vocês prestam um serviço de ajuda social, de informação social, de formação da sociedade, - essa é realmente a preocupação do seu programa? Fale-me um pouco sobre isso, fale-me da proposta, do programa, como ele é?

Nonato- É um rádio serviço que têm o intuito de informar as pessoas sobre os acontecimentos mais diversos, temos pessoas que participam do programa dando opinião; temos o público que participa do programa reivindicando, elogiando e interagindo. Acima de tudo é um programa de informação, informação sobre tudo sem preconceitos.

Igor- Para aqueles que acham que o rádio está ultrapassado o que você diria?

Nonato- Eu diria que eles é que estão ultrapassadas.

Igor - De fato! E está frase: - “O rádio são os olhos e os ouvidos do mundo moderno,” você concorda com ela? O que ela quer dizer?

Nonato- Os olhos... Os ouvidos! Eu diria que o rádio é a alma da interatividade...,

( ... Nessa altura da entrevista, Nonato Albuquerque demonstrou cansaço... também, não era pra menos! Fizera seu programa na AM do Povo pela manhã, O Barra Pesada , na TV Jangadeiro , dando a entrevista na saida do estúdio da TV, no seu horário de almoço.)

“Às vezes eu sou bem chato!”



Nonato- Eu não estou nem pensando, estou com fome, estou com fome, estou com tanta fome, que não estou, mas nem pensando (risos...,” sorriso grande alisando os cabelos”).
...E continuou:
- O rádio é essa coisa que agente gosta de fazer e não gosta de teorizar muito não. O fazer o rádio é melhor do que o dizer o rádio.

Igor - Já que é sempre sincero, espontâneo - e isso é muito bom- , é uma pessoa boa, muito agradável, diga-se de passagem...

Nonato interrompeu e afirmou:

- Sou chato também.

Igor- Isso aí fica por sua conta...

Maisa Vasconcelos ia saindo do estúdio e Nanato completou:

Nonato - Não é Maísa?

(... Ai o tom da entrevista já estava bem natural e descontraída...)

Igor- Eu acho você uma pessoa super legal.

Nonato- Às vezes eu sou bem chato!

(Naquela hora senti que estava indo longe demais e que Nonato tinha atingido sua faceta mais humana, pois a entrevista se alongara e, realmente, para o bom entendedor meia palavra basta: ele precisava, como todos nós, se alimentar e descansar um pouco! )

Igor- Nonato, só para finalizar : qual sua mensagem para os alunos da FIC?


“Aqueles que dizem que o rádio não existe mais,
já morreram.”

Nonato- A vocês alunos, professores, o agradecimento ao Igor que me escolheu para essa conversa.
Estou um pouco cansado, estou gripado, - se eu disser que estou gripado vocês vão sair correndo pensando que é a Porcina, - mas não é a gripe Porcina, ainda não. É a gripe misturada as viroses que estão atacando ainda a gente.

-Mas é bom saber que têm alunos interessados sobre o rádio, em avaliar o rádio, enfim em saber sobre o rádio.
-Das turmas que se formam anualmente nas universidades é pequeno o número dos que vão se dedicar ao trabalho do rádio em jornalismo, em ser analista de rádio, porque ainda há uma desinformação por completo.
-Ainda falta pagar-se bem aos profissionais de rádio... No jornal paga-se melhor. Hoje os jornalistas estão equiparados, mas ainda os jornalistas não têm um estimulo pra exercer sua profissão como se têm em outras atividades.

-Posso lhes dizer que um talentoso profissional que saia de um dos cursos superiores, se ele tem talento, vai encontrar oportunidades boas; se ele tem vocação, se ele é apaixonado pelo rádio vai ganhar tanto ou mais dinheiro, que em uma redação de um jornal ou do que na televisão, - dependendo única e exclusivamente do esforço próprio.

“Prontos para Exercer a Profissão”

Não é terminando o curso na faculdade que agente se diz estar pronto para exercer sua profissão. Jornalista se forma e se informa todo dia, estuda todo santo dia, pois a atividade é tão dinâmica e tão cíclica, que o que é considerado novo hoje, amanhã pode ser considerado velho. Neste mundo multimídia ou você se instrui diariamente, ou você perde a ponta, ou fica defasado. Aqueles que dizem que o rádio não existe mais, já morreram... “Já passou” é porque não estão acostumados a correr junto com o tempo, concluiu Nonato Albuquerque.
                                                                                    Entrevista a IGOR MOREIRA PINTO

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