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Ano 3 - Edição 833 - Fortaleza - Junho de 2013


Literatura


ORION LIMA
Quando a mãe morreu ele só tinha oito anos de idade. O pai era comerciante e não entendia nada de educação, pois também não a teve. Seus pais eram rudes e sem muito saber. Ele se orgulhava em dizer que era filho de portugueses, mas casou com uma bela negra e com ela só teve um filho.

O menino depois da morte da mãe foi morar com duas tias velhas. Quando o pai casou de novo as tias velhas se retiraram do cenário, e a madrasta assumiu o novo lar e a educação do menino. Ali acabaram seus sonhos e dias de ser criança.

- Menino nessa idade tem que estudar e trabalhar – dizia a madrasta.

E o pai dele, vendo no filho uma maneira de ganhar mais uns trocados, o colocou nas feiras livres para vender verduras.

Assim acordava bem cedo, ainda escuro para pegar as verduras e vendê-las na feira.  O “bêabá” a madrasta é quem ensinava. Ela se orgulhava de dizer que “era professora formada”.

Era um tempo de carrancismo, onde a violência imperava na educação e aquele que não aprendesse a lição era castigado.

Com ela, ou se decorava a tabuada ou apanhava doze “bolos”, com a velha palmatória de “maçaranduba”, um tipo de madeira dura e cheia de farpas.

Ele sempre sonhava com a mãe que morreu tuberculosa. Não havia tratamento adequado para doença naquela época. E a doença a pegou de cheio, pois não se alimentava direito, devido aos maus tratos e as magoas que tinha do marido.

À noite, quando chegava da escola, mesmo cansado, o menino tentava brincar com carrinhos feitos de latas de sardinha. E dobrava a lingueta da lata dando-lhe a forma de uma boleia; fazia um furo na frente, amarrava um cordão e ficava pra lá e pra cá imitando um caminhão.

O tempo era de muito atraso e restrições. O País ainda sofria os efeitos da Segunda Grande Guerra e faltava quase tudo. Não existia luz elétrica e as lamparinas e lampiões é que iluminavam a noite.

 Até querosene faltava, pois era importado. O jeito era usar as lamparinas de carbureto, um produto utilizado em soltas, para a produção do acetileno. Colocava-se o carbureto de cálcio dentro da água e a reação libera o gás, que alimentava as luminárias.

Essa época ficou conhecida como  dos “gasômetros”.Os gêneros alimentícios eram escassos, o fogão era a lenha ou carvão. A carne tinha que ser consumida no dia ou salgada, pois não existiam geladeiras domesticas. As indústrias eram insipientes e artesanais. Quem tinha um velho radio, era considerado rico.

Lembrava da madrasta “salgando a carne e colocando em cordéis para secar ao sol”. O mesmo era feito com o peixe. Galinhas, frangos, só existiam em quintais e era comida para mulher quando “dava a luz.”

Nessa época terminou o ensino básico, que chamavam de “primário”, e trabalhava para ajudar o pai. O velho pai sempre foi vivedor e não tinha meios certos para sobreviver. Ora abria uma carvoaria, ora uma mercearia, so não ficava parado, pois era pau para toda obra.

Com a segunda guerra, aproveitou a crise para tirar proveito dela. Montou uma bodega e vendia de tudo. O dinheiro do apurado guardava dentro de um velho cofre que só ele tinha o segredo. Quando o abria pela manhã, dava para se ver as pilhas de notas arrumadas, uma ao lado das outras.

Gostava de criar animais. Na sua casa tinha tudo que é ave silvestre e até um urubu, que ele criou desde filhotinho. Durante muitos anos, Onofre, o urubu, voltava todas as tardes para seu poleiro no quintal. Quando o velho cortava carne, bastava bater tábua e o urubu descia para comer. Um dia juntou-se ao bando e nunca mais voltou.

O velho não era letrado, mas fazia de tudo um pouco: era mecânico hidráulico, encanador, eletricista, cavava poços artesanais, fazia cercas, e tinha uma mania obsessiva pelo trabalho. “Chegava a desmanchar uma cerca feita no dia anterior, para fazê-la novamente no outro dia, só para não ficar parado”.

Um dia cismou de comprar um macaco prego que lhe deu uma dor de cabeça danada. A casa onde morava era de parede “meeira”, - dividida com a outra, apenas por uma parede. Na casa do lado morava um português que tinha o hábito de dormir nu.

Um dia foi aquele escânda-lo: o macaco se soltou e pulou na rede do português, que acordou assustado e aos gritos ficou dando tiros no macaco, com uma velha espingarda socadeira.

Adorava a pesca. Saia de noite e voltava no romper do dia, com sacos de siris, caranguejos e peixes variados. Gostava de contar “causos”, estórias mirabolantes e inusitadas para seus fregueses. Com essas lorotas , tentava impressioná-los e fazer-lhes medo. Eram as velhas histórias de pescador:

“Não se esquecia do susto, no dia que viu um homem enforcado numa árvore... Da carreira que levou na mata, quando viu um homem com olhos de fogo andando próximo ao rio”. Verdade, mentira? Ninguém sabia, mas todos o ouviam com muita atenção!

Outra confusão que  lembrava das maluquices do pai: o velho tinha uma cadela e deu-lhe o nome de “seu cú”. A madrasta protestou:

- Isso e nome de se dar a uma cadela?

Mas ele, um gozador nato, dava risadas e ninguém ousava desobedecer as suas ordens. A cadela era mansinha e passava o dia inteiro dormindo na entrada da mercearia e nem ladrava. A todos conhecia.

Um dia uma mulher recém-chegada ao bairro, que não conhecia suas brincadeiras, entrou na bodega e a cadela começou a rosnar.

E temendo que a cadela mordesse a mulher, num tom bem sério disse:

- Dona, cuidado com “seu cú”,  que ela pode lhe morder!

A mulher ficou “irrada”, possessa, exigindo respeito a ela. E só a muito custo acreditou que “seu cú” era o nome da cadela e não um impropério que ele lhe estava dirigindo.

O velho gostava de fumar um bom charuto, depois do almoço ou jantar... De comer comidas gordurosas, do tipo rabada, mocotó de boi ou buchada. Eram comidas pesadas, “mas que davam sustança, força para o trabalho, dizia. Só que esse hábito lhe deixou, mais tarde, com arteriosclerose.

Assim o menino passou a infância, entre as grosserias do pai, a brutalidade da madrasta, trabalhando desde os oito anos, sem “infância” como costumava dizer. O pai justificava que só assim ele seria “um homem de verdade” e por isso não o dispensava da venda de verduras na feira.

O estudo era limitado e forçado pela a madrasta, que o maltratava de todas as formas. Tudo servia de protesto para castigá-lo. Na boca dela o menino não prestava e não ia dar pra gente: “era um negrinho inútil!”

Isso sempre foi um motivo de raiva para ele. Recordava cheio de magoa, muitos anos depois, as surras que levou com corda crua ou cinturão de couro, só por que era peralta como todo menino de sua idade.

Recordava o dia que amarrou um pedaço de papel no rabo do gato da madrasta e tocou fogo!

Era a maneira de se vingar dela. O gato subiu aos telhados em disparada, com o rabo em fogo. Por isso teve que dormir vários dias no mato, com medo da surra que levaria do pai e da madrasta.

A noite aparecia na casa das tias para comer alguma coisa e só voltou pra casa quando a raiva deles havia passado e, mesmo assim, com a promessa que o pai fez as tias, de “ não lhe castigar”.

Naquele tempo não havia calçamento nas ruas, o que imperava era o areal. Como morava próximo a praia, enchia os pés de “bicho de pé”.

A madrasta retirava “os bichos”, um a um, e depois batia com um tamanco nos ferimentos para que “ele não apanhasse mais bichos nos areais”, outra vez. Os pés ficavam inchados e ela os lavava com água quente e sal para que não “inflamasse”.

Não esquecia a promessa de sua mãe ao morrer:

- Nunca o abandonarei! E não abandonou.

 Isso se cumpriu por muitos anos, mas ele não podia falar o que via ou ouvia, se não o castigo da madrasta seria coisa certa.

À noite, quando deitava n a rede para dormir, ouvia a voz de sua mãe cantando “cantigas de ninar”. Ela balançava sua rede até que ele dormisse.

 Esse era o momento mais feliz daqueles dias de criança, ate crescer e descobrir o amor de sua vida: uma menina loirinha, filha de uma vizinha de seu pai. Namoravam escondidos e trocavam olhares pela cerca, pois a mãe dela não queria que a filha namorasse um “negro”.

O tempo passou e já estava homem formado, a guerra começava a ser vencida pelos aliados. Mas só deixou de ouvir o canto de ninar da mãe depois que casou e foi morar na sua própria casa.

O sofrimento dos tempos de menino nunca esqueceu. Tinham lhe marcado a alma. Era tímido, calado, e não sabia o que era um gesto de amor, um carinho, antes do casamento. A esposa passou a ser a mãe que não teve, pois lhe deu amor e muitos filhos.

Quando “bebia uma “pinguinha”, desabafava: dizia que a madrasta era uma megera, árvore que não deu frutos” e que merecia ser cortada e lançada ao fogo, pois ela não teve filhos com o velho.

E contava pra qualquer um, todo seu sofrimento, dos oito aos vinte um anos, quando casou e deixou a casa do pai. Ficara marcado com ferro em brasa como animal.

Gostava de dizer essa frase:

- Não tive infância!  Não tive infância!

Esse o seu lamento, a sua dor maior.

Bem que era verdade que não tivera infância, mãe, mas a vida o ensinou a trabalhar, a reagir de uma forma positiva. Cresceu por seus próprios méritos. Seu primeiro emprego foi como contínuo de uma farmácia, fazendo também a vez de zelador.

 Assim foi conquistando a amizade do farmacêutico e como era muito inteligente e observador, logo aprendeu a aviar fórmulas. Naquela época não existia em seu estado uma Faculdade de Farmácia.

 Como se tornara um “prático” precisava de um diploma para exercer a profissão. Teve que fazer o curso de Farmacêutico Prático, organizado pelo Ministério da Saúde, em sua primeira turma, e passou com louvor. A essa altura já criava suas próprias fórmulas, seus elixires, tinturas, pomadas, pozinhos mágicos que curavam mesmo.

 Todos no bairro o prestigiavam e sua fama correu pelo mundo de então, pois todos o tinham como um “curador”.  Onde morava era conhecido como Doutor, o médico dos pobres, num tempo em que a medicina se restringia a alguns hospitais e as clínicas médicas das sociedades beneficentes.

Todos o conheciam, todos o amavam. Passava uma confiança enorme a seus pacientes. Era capaz de “curar” com um copo d’água. E dizia que era orientado por “vozes” que não sabia explicar, pois também era “adepto do Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento”, que conheceu através de um livreto, mas que nunca o freqüentou...

Assim manipulando fórmulas, e atendendo como enfermeiro, criou os filhos e viu a maioria deles formados. Sempre foi muito apoiado pela esposa. Ela o ajudava em tudo e até aprendeu a aplicar injeções com ele.

Não ficou rico. Sua maior riqueza, “dizia ser o dom que Deus lhe deu”.  Sempre foi devoto de Nossa Senhora da Conceição, a quem chamava de “madrinha”. Quando chegava a casa para almoçar, antes acendia uma velinha aos pés da imagem da Santa. Morreu velhinho, com um sorriso nos lábios, cercado pelos filhos, cheio de netos e de amigos.

Essa história aconteceu num tempo de conflitos mundiais que terminaram em Hiroshima e Nagasaki e que se seguiu Século XX afora. De limitações, pobreza e dor, a história de um menino preto, pobre, sem mãe, que sofreu maus tratos e expiou dividas.  A história do “menino que não teve infância”, digno e útil, que cumpriu o seu destino, que, como acreditava, “já estava escrito”.



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NOTÍCIAS LITERÁRIAS



O LAUREADO ESCRITOR PIAUIENSE 
E SEU NOVO LIVRO: A CURA PELA VIDA


                  

A CURA PELA VIDA


"Um livro belíssimo, que nos mostra
o homem culto, além do criador.


ORION LIMA


O que leva um homem a dedicar uma vida inteira a arte de escrever? São seus sonhos, desejos, vaidade, ou há algo de oculto nesse mister divino, a arte de contar histórias? Assis Brasil talvez tenha essa resposta, mas não quis nos dar, porque tem vivido uma existência dedicada a criá-las, como se fosse o nutridor dessa necessidade ,que o ser humano adquiriu, com a experiência tribal, ao lado das fogueiras ancestrais, até que surgisse a palavra escrita: contar histórias.

E não há nada que expresse mais esse dom, do que a capacidade de introjetar de si mesmo , a mesma dor, o mesmo grito, vagido dos que nascem e terão que se perpetuar e se tornar incomuns, para o engrandecimento da raça humana. Conheço Assis Brasil desde os meus tenros 21 anos, quando fui seu aluno na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje já passei da casa dos 60.

Sua devoção por escrever, criar, me contaminou e moldou por muitas décadas meu destino. Ouvi muitas histórias de Assis Brasil em primeira mão, quando eram ainda simples idéias e, comunguei com ele do sucesso de sua Obra, hoje grandiosa, ímpar e imortal.

Tentei seguir seus passos na literatura, sem imitá-lo, e terminei por transformá-lo, sem querer, em muitos personagens de meus livros inéditos, tão rica e viva era a lembrança de um homem moldado para a criação e para as letras, mais afeito aos caprichos da arte , do que das veleidades e vicissitudes de uma vida comum, tão pequena entre tantos, que buscam aqui, um lugar ao sol.

Ainda tenho sua velha maquina de escrever, máquina esta com a qual criou livros maravilhosos; o original de “O Sol, Deus e Shakespeare” , e um cem numero de recordações, de papos infindáveis sobre literatura, nos tempos do Jornal do Escritor e Revista Leitura. De nosso convívio amigável com Fausto Cunha, Samuel Rawet, José Louzeiro, Osmar Rodrigues Marques. Das viagens aos congressos literários e da rotina nas redações de jornais.

Foram tempos amargos e ao mesmo tempo felizes. Não tínhamos liberdade de expressão, mas éramos livres e vivíamos a mesma vidinha de sempre, entre sonhos, projetos literários. Só que Assis Brasil os concretizava, metodicamente, enquanto eu aguardava um novo tempo para nascer literariamente.

Ao abrir seu livro mais recente, “A Cura pela Vida”, foi como tomar um banho lustral na aura “maldita” que encobre os criadores e vi que Assis Brasil não mudou muito desde nosso último encontro, no inicio da década de 90 , quando fui casar no Rio, e em sua casa fizemos uma espécie de "despedida entre velhos amigos". E com que força essas palavras me lembraram esse dócil escritor, profícuo nas letras, mestre da criação literária, criador de tantos personagens:

“Sou um homem infeliz.
Não demorei muito a me convencer disso na senilidade de um final de vida. Não vou escrever minhas memórias, pois sobre elas ou por meio delas nada tenho a dizer. Falo sobre o meu presente, na infelicidade de sentimentos talvez acumulados durante toda minha existência.

A vida é longa, ao contrário do que muitos pensam ou sentem. Fico espantado quando descubro que jovens de dezessete, dezenove anos são brutamente mortos, assassinados por pessoas medíocres e sem futuro. A vida também é fúnebre”.

Ao ler esse trecho do inicio de sua obra, descobri o fio da meada de nossas antigas conversas literárias, onde obra e o criador se misturam, criador e o criado são um só,pela necessidade de entender a si mesmo e aos outros. O que nos sobra é essa angústia, esse sentimento embutido, ao verificarmos a transitoriedade de tudo e o glorioso ou lastimável fim que nos aguarda.

Assis Brasil tem esse dom maravilhoso de nos conscientizar através de sua arte. Motivado, novamente por sua obra, este ano terminei meu primeiro livro “Das Coisas, da Vida e da Morte e de Chico Asa Baixa e escrevi mais dois outros: Histórias da Crucificação e Viagens, Sodoma pede Socorro. Assim terminou um ciclo começado em 1968, quando fui seu aluno no Rio.

E mesmo sem ser crítico literário, ao ler sua nova obra, descobri um novo Assis Brasil, talvez mais filósofo, profeta, visionário e um pouco mais amargo, facilmente identificado – para quem o conhece a fundo, - como tudo que criou ao longo desses 30 anos: o mesmo menino que se banhava no rio barrento de sua Parnaíba, no seu Parnaíba encantado. A mesma eterna Luiza, prostituta envelhecida, que tanto o marcou em Beira-Rio, Beira Vida, ainda é viva em seus sonhos.

“Um dia ela o contou que seu homem foi embora e o menino entendeu que ele – o homem dela- desaparecera silencioso como o rio”. E ela ficara sem o seu protetor, guardião. E muitos anos se passaram: o menino cresceu, mudou de cidade, ficou famoso. E finalmente voltou para ver o seu velho rio, cheio de nostalgias e sofrimentos, em busca de Luiza, envelhecida e triste, que sofrera por amor e ainda vagueia em suas lembranças.

Eis, pois, a síntese de uma imensa obra que começou com “Os Verdes Mares Bravios”, o seu primeiro livro, toda ela permeada pelo humano ser, cheio de filosofias e sem explicação para os mistérios que nos amedrontam e atormentam: talvez como disse Baudelaire, “a ferida e a faca, a vitima e o algoz.” E de nada adianta apelar para Edgard Allan Poe, em múltiplos diálogos e devaneios. O que vemos ao longo de “A Cura pela Vida” é essa necessidade de saber “o que virá depois”.

Um livro belíssimo, que nos mostra o homem culto, além do criador. Aquele que sabe brincar com as palavras de uma maneira criadora, usando o saber de tantos, para alertar nossas consciências. Um reflexo da sociedade brutal em que vivemos, estruturada nos moldes do mal, que habita em todos os corações e que convive com nossa hipocrisia e mediocridade. Oculto em seus mágicos diálogos, há uma tentativa desesperada de “escapar” do destino atroz que a todos aguarda - a espera de um novo corvo que repita as suas mesmas sábias palavras: “Nunca mais!”

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JM JORNAL DO MUNICÍPIO - JM JORNAL DO MUNDO - Orgão Sócio-Cultural de Utilidade Pública em Defesa da Cidadania nos bairros e municípios brasileiros. Diretor–Editor–Responsável:José Mário Lima. Reg. Prof.12418 DRT-RIO. Secretário Geral – Gabriel Pontes.Designer Gráfico- Alice Farias Lima.Layout e Criação – Gabriel Pontes. Secretário de Edição: José Mário Lima.COLABORADORES: Colunistas :Celina Côrte Pinheiro,Nilmar Marques (Cap.Nil), Orion Lima, Santos Sá,Henrique Soares,Assis Brasil; JM Reportágens: (Equipe)Henrique Soares,Gabriel Pontes e Santos Sá; -JM Cultura:(Equipe)- Publicidade (JML) - Movimento Estudantil: Gabriel Pontes. JM Esportes: (equipe)- JM Literatura: Assis Brasil. Notícias dos Bairros: Henrique Soares,Amil Castro; Sociedade-artesanatos: Martha Lima.Culinária : Lili(Faraó-Cacoeiras-RJ). Correspondentes: Redenção: Nice Farias;Irauçuba: Swami Nitamo;Teresina e Parnaíba: Assis Brasil;Estado do Rio de Janeiro (interior): Nilmar Marques - Cachoeiras de Macacu: Paschoal Guida. Rio,(Capital): João de Deus Pinheiro Filho. *As opiniões emitidas em artigos assinados são da inteira responsabilidade de seus autores.