ABANDONADA, A CIDADE 2000 SOFRE EM SILÊNCIO, O DESCASO DO PODER PÚBLICO

SANTOS SÁ

 A um mês de doze dias a Etufor retirou duas linhas de ônibus da Cidade Dois Mil, sem nenhum estudo prévio ou aviso a população. Sem a Linha Cidade Dois Mil Hospital Geral (831) e Praia do Futuro, (810), que entrava no bairro, a população mais carente e que não possui transporte automotivo próprio, passou a viver um verdadeiro drama: filas enormes no Terminal do Papicu, principalmente nas horas de pico e à noite.

Os pacientes do Hospital Geral que moram no bairro também foram prejudicados, perdendo inclusive consultas naquele hospital por causa do transporte coletivo. Os habitantes da Praia do Futuro que tem consultas marcadas no Posto de Saúde, também sofrem, pois tem que saltar na Avenida Santo Dumont e andar uns dois quilômetros para conseguir uma consulta.

 No domingo, dia em que a população não precisa do ônibus Cidade Dois Mil Hospital Geral, ele circula no bairro sempre vazio. Varias ações foram tomadas pelas lideranças locais para sanar o problema, mas até o momento sem nenhum resultado prático. Lista com abaixo assinados correram pelo bairro, mas nada sensibilizou o diretor da Etufor.

O vereador e deputado eleito Mario Hélio, fez vários pronunciamentos na Câmara Municipal e levou três mil e setecentas assinaturas para o diretor da Etufor, que ficou de resolver o problema, mas sem nenhuma ação tomar, para minimizar o sofrimento dos que não tem transporte e precisam de medico e locomoção para casa ou para o centro da cidade.

AUDIÊNCIA- O vereador Mário Helio afirmou, ainda, que uma audiência publica com o diretor a Etufor será marcada para o começo do novo ano. Enquanto isso, na festa de fim de ano, onde a população mais necessita de transportes, o previsto é o cáos duplicado, pois nos anos anteriores, quando tínhamos três linhas vindas do Terminal, depois da virada do ano novo, muita gente ficava a pé ou esperando o corujão, que saia às 4 horas.

O que se indaga é: porque a Etufor retirou linhas de ônibus que serviam a população do bairro há mais de 20 anos? E os direitos adquiridos pelos habitantes da Cidade Dois Mil para onde foram?  Por quê  ou a quem serviu a retirada das linhas de ônibus do bairro?

ABANDONADA – A sensação que se tem, diante da solução de problemas tão simples, que não envolvem gastos financeiros e só dependem da vontade política - é que a Cidade Dois Mil esta abandonada a sua própria sorte, sofrendo em silêncio o descaso do poder público.

POSTO DE SAÚDE - Outra prova inequívoca deste abandono é a situação do Posto de Saúde Rigoberto Romero, onde faltam remédios, e os equipamentos estão sucateados. Raro é o dia em que um computador, uma impressora não deixa de funcionar e fica assim por meses. O Mais absurdo de tudo isso é que o sanitário das mulheres está quebrado, tendo as senhoras que usar o mictório dos homens (foto).

A sala de enfermagem é uma imagem fiel do descaso com que o poder público trata o povo doente, que procura aquela unidade médica: a maca para os pacientes que vão realizar curativos esta coberta de ferrugem e a única torneira para assepsia da enfermeira e pacientes continua quebrada enrolada em esparadrapos. (fotos).

A QUEM DEVEMOS RECLAMAR POR TAMANHO DESCASO? EVIDENTEMENTE, QUE NÃO É A DIREÇÃO DO POSTO, POIS ESTA TEM FEITO DE TUDO AO SEU ALCANCE, PARA SANAR ESTE E OUTROS PROBLEMAS.

OS REMÉDIOS DE MANUTENÇÃO PERMANENTE, QUANDO CHEGAM LOGO ACABAM,  E NÃO DÃO NEM PARA OS PACIENTES CADASTRADOS. A ENTREGA E RACIONADA PARA A PENAS UM MÊS, QUANDO A VOLTA AO MEDICO É DE TRÊS EM TRÊS MESES.

O POSTO CONTA COM UM QUADRO DE MÉDICOS, ENFERMEIROS, FUNCIONÁRIOS E AGENTES DE SAÚDE ALTAMENTE COMPETENTES E DEDICADOS, QUE SE DESDOBRAM PARA BEM ATENDER A POPULAÇÃO DO BAIRRO.

A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE, QUE RECLAMA REPASSES DE VERBAS FEDERAIS, NÃO TERIA MEIOS DE MANDAR CONSERTAR UM BANHEIRO OU TROCAR UMA SIMPLES TORNEIRA? PINTAR A MACA, CONSERTAR COMPUTADORES E IMPRESSORAS?

Por isso concluímos que a Cidade Dois Mil está entregue as baratas e outros agentes “destruidores”, simplesmente por falta de uma ação diligente do Poder Público ou de quem de direito. Quem quer faz, quem não quer manda!