COM EGITO, NOVAMENTE EM PÉ DE GUERRA, PRIMEIRO MINISTRO ESSAM SHARAF ENTREGA RENÚNCIA AO CONSELHO SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS
"O governo do primeiro-ministro Essam Sharaf entregou sua renúncia ao (governante) Conselho Supremo das Forças Armadas", disse o porta-voz do gabinete, Mohammed Hegazy, em um documento divulgado pela agência de notícias oficial Mena.
"Devido às difíceis circunstâncias que o país atravessa, o governo vai continuar trabalhando" até a renúncia ser aceita, indicou.
Pelo menos 22 pessoas morreram nos confrontos registrados desde sábado no Egito entre manifestantes hostis ao Exército, que governa o país, e as forças de segurança, anunciou o ministério da Saúde.
"O número de mortos na Praça Tahrir (Cairo) e em outras províncias chega a 22 desde o início dos distúrbios", afirma um comunicado do ministério.
O texto não informa o número de feridos, que estava em 1.700 no balanço anterior. A televisão pública anunciou mais cedo que 20 pessoas morreram desde sábado na Praça Tahrir, em pleno centro do Cairo, onde acontecem os choques mais violentos.
Nesta segunda-feira, a polícia usava gás lacrimogêneo contra os manifestantes, espalhados em pequenos grupos na praça e seus arredores, que respondiam com pedras.
Os choques acontecem a uma semana do início das primeiras eleições legislativas no país desde a queda, em fevereiro, do presidente Hosni Mubarak, após semanas de revolta popular.
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