O EMISSÁRIO DA ONU KOFI ANNAN E O DITADOR DA SÍRIA BASHAR ALL ASSAD
ENVIADOS DA ONU E GOVERNO DA SÍRIA REUNIDOS EM DAMASCO PARA PEDIR UM CESSAR-FOGO
O enviado especial da ONU à Síria, Kofi Annan, reuniu-se (10), com o ditador da Síria, Bashar al Assad, como parte de um esforço internacional de diplomacia para pôr fim à escalada de violência. O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que Annan pederia um cessar-fogo imediato por parte do Exército e da oposição. Mas enquanto Annan chegava à Síria, grupos de oposição disseram que novos conflitos e bombardeios foram registrados na cidade de Idlib, próximo à fronteira com a Turquia.O enviado especial e ex-secretário geral da ONU foi recebido pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, no aeroporto, antes de ser levado ao seu hotel na capital Damascu. A televisão estatal síria disse que o encontro entre Annan e Assad acontece em uma "atmosfera positiva".
De acordo com Ban Ki Moon, a tarefa de Annan é obter um fim imediato da violência, tanto por forças do governo quanto por manifestantes da oposição.
Segundo o secretário-geral, se um cessar-fogo de ambas as partes não for possível, a ONU pedirá que as tropas do governo parem de lutar primeiro, para que a oposição faça o mesmo na sequência.
O enviado especial da ONU vai se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Walid al-Moallem, em Damasco, e também com alguns líderes da oposição, antes de deixar o país, no domingo.
Segundo o correspondente da BBC no Líbano Jon Donnison, não está claro se Annan conseguirá se encontrar com os líderes da oposição dentro da Síria, ou se a reunião será no exterior.
A ONU também quer iniciar um diálogo entre governo e oposição, mas manifestantes dizem que são contra a ideia de se reunir com representantes do governo de Assad.
A visita de Annan coincide com um encontro de ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe, no Cairo. Eles vão se reunir com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. A Rússia é um dos países que têm vetado resoluções contra o regime de Bashar al Assad. No sábado, Lavrov voltou a se manifestar contra o que chamou de "interferência crassa" nos assuntos domésticos da Síria.
Além das discussões na Liga Árabe e da visita de Annan, a chefe para questões humanitárias da ONU, Valerie Amos, também está participando de negociações sobre a violência na Síria.
Amos está pedindo que o governo sírio permita que organizações de ajuda humanitária tenham acesso às regiões mais afetadas pela violência, como o distrito de Baba Amr, em Damasco. Ela disse na sexta-feira que houve um pequeno progresso nas negociações, e que uma equipe poderá obter acesso à região já na próxima semana.
Segundo a ONU, 7,5 mil pessoas morreram devido à violência na Síria, que começou em março do ano passado, quando a oposição foi às ruas para pedir mudanças no regime.
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