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Ano 3 - Edição 833 - Fortaleza - Junho de 2013


domingo, 28 de novembro de 2010

Entrevista com Adisia Sá


“O RÁDIO JORNALISMO HOJE, NÃO
 ESTÁ SÓ  COPIANDO,
COMO ERA FEITO ANTIGAMENTE...”

Essa entrevista com a jornalista, professora e escritora Adisia Sá foi concedida a um aluno de Jornalismo da Faculdade Integrada do Ceará (FIC), em agosto do ano passado. Apesar da importância histórica da matéria, já que Igor Moreira Pinto  ouviu também a mais dois  expressivos nomes dos nossos meios de comunicação, - ela não teve o devido destaque na mídia -  já que foi editada num blog pessoal. Igor Moreira Pinto na mesma época, entrevistou Nonato Albuquerque e Narcélio Lima Verde, outros  dois ícones do  rádio e jornalismo cearense. Agora teremos a honra de reeditá-los, nessa série de reportágens no JM Jornal do Município. Iniciamos com a eterna Mestra de todos nós, a professora Adisia Sá.
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“... Para os que estão começando é bom saber que se ganha muito pouco no rádio.”

“... A vaidade de se fazer jornalismo acaba no momento em que um diretor de empresa diz: passe no departamento de pessoal que você está demitido”.

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Quem é o que fez e faz Adísia Sá
Adísia Sá foi a primeira mulher a trabalhar como jornalista, numa redação no Ceará. ,em 1955, no jornal Gazeta de Notícias. Adísia, em depoimento no livro, “Sem Arrependimentos” fala de sua vida e diz que a obra procura mostrar “a jornalista professora de maneira diferente da figura pública”.

Adísia Sá inaugurou a função de ombudsman no O POVO em 1994. Reconduzida no ano seguinte, voltou a exercer a função por outras duas vezes, em 1997 e 2000, sendo nomeada ombudsman emérita do jornal. Também foi ombudsman da rádio AM do Povo nos anos de 1998 e 1999.

A professora Adísia, como
 todos a chamam, tem 55 anos de jornalismo. O primeiro curso de Jornalismo no Ceará e obra de sua iniciativa. Organizou o grupo fundador do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC),onde também lecionou por vários anos e aposentou-se. É a mestra querida de várias gerações de jornalistas formados pela UFC, ou que iniciaram seu curso aqui, e o concluíram em outras universidades do pais. Na UFC é professora emérita.

Iniciou a sua carreira de jornalista na Gazeta de Notícias, passou pelo O Estado, O Dia, até fixar-se no O POVO, onde continua até hoje escrevendo um artigo semanal. Comentarista em várias emissoras de televisão, atividade que ainda exerce diariamente na AM do Povo, no programa do Nonato Albuquerque.

A jornalista também ocupou cargos de direção em entidades de classe, em diversos mandatos: Associação Cearense de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas do Ceará e Federação Nacional dos Jornalistas.

Como escritora, publicou “Metafísica para quê?”, “Fenômeno Metafísico”, “Introdução à Filosofia”, “Ensino de Jornalismo no Ceará”, “Biografia de um Sindicato” (sobre o Sindicato dos Jornalistas do Ceará), “Capitu conta Capitu” (no qual a história de “Dom Casmurro”, o livro de Machado de Assis, é contado sob a perspectiva da personagem feminina), “Clube dos Ingênuos” (a respeito de sua experiência como ombudsman) , “Traços de União” (sobre o fundador do O POVO, Demócrito Rocha, sua família e de pessoas que lhe eram próximas) e “O Jornalista Brasileiro”.
Em parceria publicou “Ensino de Filosofia no Ceará” (coordenadora), “Fundamentos Científicos da Comunicação” (coordenadora) e “Ombudsmen/Ouvidores: Transparência, Mediação e Cidadania” (coletânea de textos sobre o assunto). Licenciada em Filosofia Pura pela Faculdade Católica de Filosofia, agregada à Universidade Federal do Ceará, e livre docente com grau de doutor em Filosofia e Comunicação, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.( Dados copilados do arquivo do Jornal O POVO)
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ADISIA SÁ:

Um exemplo ímpar de vida dedicada
À cultura, a educação, ao jornalismo

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A ENTREVISTA
Igor
P- Professora Adisia Sá para nós que estamos começando e não sabemos direito o metiê da profissão, o que é o radio jornalismo?
Adisia Sá
R- O nome já está dizendo: é o jornal em rádio, ou seja, a informação transmitida através do rádio e, hoje em dia, através da internet, com a informação colhida pelos repórteres especializados.

Igor
P- Professora Adisia o radio jornalismo exerce que função social? Qual a importância dele para a vida em sociedade?
Adisia Sá
R- Primeiro por que leva informação e uma sociedade sem informação não é uma sociedade, é um conglomerado de pessoas e casas. Então a informação é que dá o sentido da sociedade em coletividade, que precisa de um conhecimento levado para todos. Todos recebem a mesma informação para que todos tomem ciência do que se passa.
Portanto, a informação radiofônica mais do que a escrita, têm um poder muito mais universal, conseqüentemente, atingindo um maior número de pessoas.
Igor
P- O radio jornalismo que é feito aqui no Ceará, ele é de melhor qualidade do que nas outras regiões? Ou estão todas num mesmo patamar?

Adisia Sá
R- Eu não diria da melhor qualidade, eu diria igual, pois a técnica é comum, é uma só. Para saber se eles são melhores do que nós é preciso saber se a informação é correta, pois ela é uma só. O que dá sentido a informação não é só divulgar, é a sua veracidade, sem querer generalizar: a informação pode ser dada na melhor emissora sem ter fundamento.

Igor
P- Por falar em veracidade; A senhora acha que os profissionais radio têm a ética necessária para desempenhar suas funções?

Adisia Sá
R- Eu não gosto da expressão universal que você coloca na pergunta, para dizer que todos têm. Isso depende muito de cada profissional. Mas alguns que eu conheço dão a informação correta, como conheço outros que não têm a menor credibilidade, uns que não deveriam estar nem num microfone, pela linguagem chula, quase pornográfica, fazendo do veículo algo pessoal, fazendo um uso de forma errada, usando seus horários alugados de forma indevida. Portanto, um individuo desse não merece credibilidade.

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“Há hoje uma obsessão de se dar grandes mensagens e daí vai depender da cabeça de quem recebe uma informação.”
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Igor
P - Qual é a dimensão do radio jornalismo, se comparado com o jornalismo feito no meio impresso ou através da televisão? Quais as principais diferenças entre esses meios jornalísticos de comunicação?
Adisia Sá
R - A informação do rádio é muito mais rápida, muito mais sintética, porque o tempo é muito curto se comparado ao espaço do jornalismo impresso. O tempo de deslocamento do repórter para buscar a veracidade dos fatos. Mas o fundamental é que esses fatos sejam verdadeiros.
Igor
P - É... O radio jornalismo é feito por uma equipe? Qual a função de cada membro?Como ele é composto? Como é feito esse processo?
Adisia Sá
R - Isso é feito principalmente no rádio cearense, e, evidentemente creio que nos demais. Eles copiam muito as notícias que saem nos jornais. Tanto o locutor como o repórter. Então esta equipe pode ser grande, dependendo do veículo. Tem o repórter, noticiarista, redator, editor... Eles se responsabilizam por todo o material formado por sua equipe – e isso vai compor os noticiários.
Igor
P - A senhora acha que o rádio hoje é mais voltado para o entretenimento? Ou o rádio é um veículo de transformação social?
Adisia Sá
R - Olha... Há hoje uma obsessão de se dar grandes mensagens e daí vai depender da cabeça de quem recebe uma informação. Para mim pode ser de grande valia, ao passo que para outras pessoas pode ser um processo de instrumentação para sua fortaleza. Por exemplo: Um noticiário policial pode servir para informar e pode também servir para dar notoriedade a alguém.
Do esporte, podemos extrair informações de um time de sua preferência ou ter apenas entretenimento, tudo vai depender de quem ouve. Quem ouve é que dá sentido aquela informação que está colhendo.
Igor
P- O radio jornalismo aqui no Ceará, hoje em dia, é feito em regra, por profissionais que estão capacitados, por virem de uma faculdade, ou profissionais que se capacitaram de uma forma empírica?
Qual é a diferença? O que acha de alguém que cursou um curso de nível superior? Ele é mais capacitado do que o que vem da experiência da vida ?
Adisia Sá
R- Eu sou uma defensora do Curso de Jornalismo,. Sou uma das fundadoras do Curso de Jornalismo da UFC. De maneira que dou mais valor à condição universitária, primeiro, por ter mais convivência com grupos sociais os mais diversos, desde aqueles que convivem com você no dia-a-dia nos bairros chiques, até aqueles que moram na periferia.
Portanto, a convivência é algo de extrema importância, e o curso universitário vai lhe dar tanto a técnica da informação, como uma informação pontual e embasada. Por exemplo: vai dar noções de filosofia, economia, dando assim uma noção muito mais abrangente e completa do que quem só tem as noções dadas pela vida.
O cabedal universitário é, portanto para mim indispensável a qualquer profissão, e a de jornalismo nem se fala.

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“No rádio, assim como na vida, muitas vezes o que manda é o dinheiro.”
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Igor
P - Numa sociedade onde a gente sabe que as aparências as vezes falam mais alto, como a senhora vê o olhar da sociedade para o profissional do radio jornalismo? É de preconceito, admiração? Como a sociedade vê o radio jornalista?
Adisia Sá
R - Depende do profissional. Há profissional que em pouco tempo adquire admiração e há aquele que sendo popularesco ganha muito ibope, de modo que não há uma regra para a pessoa ser popular, admirada e respeitada.
Depende muito de cada pessoa, da atuação de cada profissional. Nós, aqui mesmo no Ceará, temos aqueles que se destacam pela sua personalidade, como há aqueles que não sabem nem o que estão dizendo. Há ainda aqueles que têm muito conteúdo, que são respeitados pela credibilidade da sua informação, pela honorabilidade do seu comportamento. Há aqueles que nem sabem falar, que falam pornografia, que falam besteira, que fazem mal uso de sua condição e do veículo que possuem.

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“No começo da minha vida profissional não queria saber de rádio, pensava que rádio era um vitrolão”.
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Igor
P - ...Aqueles que têm a sua força, o seu meio de vida no rádio, e que almejam ser radio jornalistas... Que tipo de esperança podem ter e o que podem almejar dessa vida de radio jornalista? ... Um crescimento cultural, financeira, ou pura e simples paixão? Como é que vê a situação daqueles que estão começando e qual deve ser o motivo para abraçarem essa carreira?
Adisia Sá
P - Depende de cada um, depende do individuo. Eu por exemplo no começo da minha vida profissional não queria saber de rádio, pensava que rádio era um vitrolão. Depois que eu entrei em rádio há quase vinte e cinco anos, passei a ver o rádio com outros olhos, passei a vê-lo como um meio de veicular a informação correta, apesar de algumas vezes ser usado com uma linguagem chula, inadequada para o ouvinte. Há também aqueles que utilizam o rádio de maneira extraordinária, apesar da maioria das pessoas que “vivem o rádio” não serem formados.

Para os que estão começando é bom saber que se ganha muito pouco no rádio, claro que depende de cada estado, pois não há uma uniformidade salarial. Em função disso as empresas querem que se tenha ou o diploma ou registro de jornalista e radialista, pois quando é como radialista se ganha muito menos. A pessoa é tratada melhor quando tem um diploma, por que se preparou e se qualificou.

No rádio, assim como na vida, muitas vezes o que manda é o dinheiro e sendo assim se paga pelo horário e pelos espaços de cada um. Portanto nesses casos quem manda são os anunciantes. Então é bom dizer que jornalista formado dificilmente vai para o rádio, tendo, é claro, suas exceções - como Nonato Albuquerque que é formado e optou pelo rádio. Temos também a Iam Gomes, jornalista formada e excelente profissional de rádio; os meninos da Verdes Mares, como o Norões, que não eram formados... O filho do Tom Barros que não era formado e , depois que o sindicato pressionou, chegou a fazer a faculdade e hoje continua no rádio por que têm vocação e talento para tal.


Igor
P - Nós temos a rádio AM e a FM. É muito diferente o radio jornalismo que é feito na AM e FM? Fale-me um pouco sobre isso.
Adisia Sá
R - Há uma diferença fundamental, porque o que caracteriza a FM são instrumentos de transmissão mais requintados, além de que, o grande público da rádio FM é de música seja ela qual for. Já o público da AM busca mais informação, nos programas policiais, políticos e demais programas de informação. Portanto a diferença principal é a busca pela informação.

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“...O radialista deve ser alfabetizado, para não dizer tanta ignorância, tanto palavrão como nós vemos hoje”.

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Igor
P - Quais são as qualidades que um apresentador de programa de rádio ou um radio jornalista? O que ele deve ter para que exerça da melhor maneira possível a sua profissão?
Adisia Sá
R - Primeiro de tudo, o radialista deve ser alfabetizado. Para não dizer tanta ignorância, tanto palavrão como nós vemos hoje. Não é só por ter uma voz bonita que vai fazer um programa. Tem que ter uma boa dicção, fato difícil de encontrar, ter bom conteúdo e saber se expressar.
Temos aí Nonato Albuquerque com grande qualidade de linguagem, temos o Paulo Oliveira, que é de uma linguagem popularesca, mas que prima pela qualidade do seu programa, de maneira que o que vai valer é a pessoa.Não há uma resposta precisa para esta pergunta.
Igor
P - De quando a senhora começou para cá, nos tempos atuais, o que mudou? Quais as principais transformações no radio jornalismo?
Adisia Sá
R - No radio jornalismo de hoje não se está mais copiando, como era feito antigamente onde havia uma leitura pura e simples dos jornais. Hoje há uma equipe que filtra e checa as informações, departamentos especializados de notícias e etc.

Hoje há um maior embasamento profissional no cumprimento de seus deveres, nada é feito de qualquer forma, há todo um sistema noticioso que trata de todos os assuntos.

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“É muito sério informar, trabalhar com a mente coletiva.”

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Igor
P - Em se tratando de Ceará, em se tratando de Brasil e até de mundo: O que a senhora teria a dizer aos estudantes do curso de jornalismo?
Adisia Sá
R - Primeiro, se você entrou para fazer a faculdade de jornalismo é porque você tem vocação e segundo não é para ganhar dinheiro. Pois se você vê um jornalista ou um radialista ganhando dinheiro, ele está comendo jabá ou está trabalhando por fora para completar o que ganha no final do mês.

Saiba que é muito sério informar, trabalhar com a mente coletiva. Se você vai fazer isso com desvelo prossiga, agora se vai com outra finalidade, de ter seu programa onde você ganhe bem e oriente a população, é preciso ter estilo para tal, é preciso fazer com que as pessoas se transformem.

Agora se o seu intuito for o de aparecer, se está fazendo jornalismo porque é bonito, em razão da beleza pessoal vislumbrando apresentar um programa de TV, você vai logo mais bater com a cara na parede, pois a prática é muito diferente da teoria.

O que vale a pena é trabalhar duro para repassar a informação correta, é no jornal, rádio ou televisão e saber que em qualquer um desses veículos a sua função é de extrema responsabilidade. Pois quem está te ouvindo é uma pessoa que muitas vezes vai tomar a sua palavra, o seu escrito, como regra de conduta. Por isso você tem que ter a noção da ética, do que você fala e do que você faz, assim você será um grande profissional. Agora se você só pensa em ganhar dinheiro e, em ter lucro, você está fadado ao insucesso.

A vaidade de se fazer jornalismo acaba no momento em que um diretor de empresa diz: “ Passe no departamento de pessoal que você está demitido”.
Igor
P - A qualidade da informação que é transmitida hoje: - a senhora falou muito na questão da responsabilidade, da ética, do suor: Acha que hoje, o radio jornalismo vigente, ele tem esse cuidado com a ética, com a maneira de repassar as noticias? O cuidado com quem está ouvindo, o cuidado em ser um veículo de transformação? A filtragem das noticias - como vê essa questão?
Adisia Sá
R - Eu não gosto de generalizar, pois, se não, cometeria injustiças. Há os que seguem uma linha de conduta que se deve ter no rádio, mas eu não quero fazer esse julgamento, isso não é da minha competência, esse não é o meu propósito, eu digo aquilo que deve ser. É isso o que eu faço e que vocês irão fazer amanhã: ter responsabilidade com a veracidade dos fatos, apurando os fatos e tratando cada fato com a devida importância e o devido cuidado para com os ouvintes. Se não for assim cancele a sua matrícula e vá vender pipoca que é melhor...


Igor
P - Para finalizar eu queria além de agradecer, perguntar o que teria a dizer para mim Igor Moreira Pinto?

-Como devo trilhar esse meu caminho? O que devo almejar para o futuro, dentro dessa profissão e, - em específico -, nesta área de radio jornalismo que quero tanto abraçar?
Adisia Sá
R - Primeiro: se prepare muito bem na faculdade, nem uma aula é perdível, pois por mais bobagem que diga um professor tudo o que ele disser é importante. Leia muito, estude, apure os fatos, tenha consciência que tudo o que se faz tem consequências. Seu trabalho é uma obra, cuide bem da sua obra.

... Prepare-se tecnicamente, intelectualmente, eticamente e aí você vai ver que o rádio só exige competência. Prepare-se, pois é como um médico: e nenhum médico vai improvisar uma técnica de cirurgia na hora que vai operar o seu doente. Ele deve ter no mínimo conhecimento teórico para na hora executar seu trabalho com competência. No rádio é da mesma forma: se você não agir com competência é melhor trancar sua matrícula, guardar seu dinheiro. Vá gastar com outras coisas.
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